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sábado, 16 de março de 2013

Botulismo bovino


 botulismo é uma doença/intoxicação causada pela ingestão e absorção intestinal de toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum, uma bactéria, bastonete anaeróbio, formador de esporos, que acomete diferentes espécies inclusive o homem. O botulismo bovino também conhecido como “doença da vaca caída” ocorre em diversas regiões do país. No Mato Grosso do sul, entre os anos de 1996 e 1998, estima-se que o botulismo levou a perda de 195.000 bovinos de uma população de 23 milhões de cabeças e esta elevada mortalidade se estende por outras regiões do país como sudeste, nordeste e norte, alcançando o status de uma das três principais causas de mortalidade em bovinos, resultando em grandes perdas econômicas na bovinocultura nos diferentes sistemas de produção. O Clostridium botulinum pode permanecer no solo e em matéria orgânica por longos períodos em sua forma resistente, os esporos, sem causar doença. Porém, quando encontram um ambiente favorável de anaerobiose, ou seja, sem oxigênio, os esporos germinam e produzem neurotoxinas. Após absorção pelo trato intestinal, as toxinas se ligam a receptores de terminações nervosas, resultando em paralisia flácida e morte do animal em virtude de parada respiratória. As toxinas C e D são as de maior importância epidemiológica. Um grama de toxina mata um animal adulto e cerca de um grama de matéria orgânica decomposta contaminada pode ter toxina suficiente para matar um bovino adulto.
Referências: DUTRA, I. S.; DOBEREINER, J.; ROSA, I. V.; SOUSA, L. A. A.; NONATO, M. Surtos de botulismo em bovinos no Brasil associados a ingestão de água contaminada. Pesq. Vet. Bras., v.21, n. 2, p. 43-48, 2001.
DUTRA, I. S.; DOBEREINER, J.; SOUSA, A. M. Botulismo em bovinos de corte e leite alimentados com cama de frango. Pesq. Vet. Bras., v.25, n. 2, p. 115-119, 2005.
FERNANDES, C. G.; RIET-CORREA, F. Botulismo. In: Doenças de ruminantes e eqüídeos, Fernovi: v. 1, 3 ed., 2007.
LOBATO, F. C. F.; ALMEIDA, A. C. Clostridioses. Revista Brasileira de Reprodução animal, v.21, p.61-69, 1997.

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